O que eu aprendi: entre cuentos y encuentros.

Bru,
3 min readOct 16, 2020

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Sexta-feira, 16 de Outubro de 2020
Introdução — Transição Lua Minguante para Nova: Deixar ir para (re)nascer

Lembro que quando meu primeiro namoro terminou, eu escrevi uma carta: contando tudo o que sentia, desabafando a dor do término e muitas perguntas que ficaram sem respostas, já que a carta nunca foi entregue.

Mas não foi assim que essa série surgiu. Assim como tudo na minha vida (e provavelmente na sua também) as minhas criações nascem de uma soma de vivências, experiências e principalmente: sentimentos. Eu sinto tudo e sinto muito. Já me disseram que isso era um problema, já ouvi que ser ‘sensível demais’ era uma fraqueza. Já acreditei nisso tudo e, depois de muita magia, eu abandonei todos esses julgamentos que nunca foram meus.

Aquelas palavras não ressoam mais em mim, mas os encontros pra sempre ficam, assim como parte de cada uma das pessoas. Porque eu prefiro guardar o que de amor eu vi(vi) e o que de bonito aprendi.

Inclusive, no inicio do ano escrevi no instagram:

“sou um pouco de todos

que vieram, passaram e ficaram.

sou cada vez mais: eu

em cada um dos nossos: nós”

Não acredito em casualidades, acredito na força, na magia e na beleza da sincronicidade. Pra mim, nenhum encontro é por acaso porque eu sempre vou buscar encontrar um significado ou um aprendizado nele. Acredito que, assim como na natureza, tudo é integrado e tudo tem um propósito: que é nos fazer crescer e melhorar. E podar é isso. Reconhecer o que foi, cortar para abrir espaço, mas deixar que o que podado foi, continue nos nutrindo e fortalecendo nossas raízes.

Portanto hoje eu posso afirmar que sou um pouquinho de cada um que passou por mim. E agora sinto de agradecer por isso. Abrindo espaço para me reconhecer em uma nova versão de mim mesma: Bru, cuenta-cuentos. O que não é novidade, apesar de sempre ter ouvido mais do que falado, sinto que foi através de todas essas escutas e vivências que eu fui aprendendo a integrar cada uma delas e usá-las como inspiração para criar e construir a minha própria história.

Aqui, contarei contos de encontros através de cartas. Com remetente, mas sem destino — apenas fluindo.

Começo sem saber se vou terminar, se alguém vai ler ou se elas serão queimadas, digo, deletadas assim como aquela que escrevi há 7 anos. Mas na verdade nada disso importa porque elas são escritas como reconhecimento do que aprendi, fortalecendo o que me tornei e agradecendo por cada ser que me fez crescer. Uma forma de podar e desapegar: colocando em palavras o que guardei aqui dentro e soprar ao universo — um aviãozinho de papel, que pode voar e chegar ao destinatário nem-tão-anônimo, ou ficará em um espaço esquecido da internet. O importante é ser podado, mas nunca apagado.

Foi integrando lembranças, como aquela do Orkut que perguntava: “o que você aprendeu com seu último relacionamento?” que eu escrevo as minhas cartas iniciais dedicadas aos meus Ex’s— prefixo do Latim que tem significado de “fora”. E aqui será usado como referência à conexão exterior-interior: o que eles me ensinaram x como ou o que eu guardei.

São 4:08 da manhã, talvez nada disso faça sentido amanhã. Mas prefiro acreditar que a partir da primeira carta, tudo será sentido e encontrará seu lugar de brilho, dentro e fora de mim. Pra você, que esteja lendo. Pra eles, que talvez nunca vejam — mas principalmente por e para mim: agradecer, reconhecer e deixar ser.

Pra finalizar, aproveito e compartilho o aprendizado de um novo significado para a palavra Gratidão, que é ser grato com ação. Que hoje se faz presente transbordando palavras daqui até aí. Do coração à ação. Do amor à gratidão.

Com carinho,
sem sentido — apenas sentindo,
Bru

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Bru,

la bruja — mujer medicina — latina || oferecendo vivências terapêuticas n' @acasadabrunanomundo